Monique: ascensão e mais um título de Superliga pelo Rexona –SESC
Nesse domingo, 23/04, terminou mais uma Superliga. E pela 12º vez, o título ficou com o Rexona – SESC, em vinte anos de projeto da Unilever, o quinto título seguido. Esse é o último ano da Unilever como patrocinadora do time, e o projeto terá continuação pelo SESC, que também está com um time masculino na Superliga A para a próxima temporada. Esse ano o time carioca teve que suar mais a camisa para conquistar o campeonato. E o principal nome da equipe esse ano foi a oposta Monique Pavão.
A atleta de 1,78m atuou com muita regularidade em toda a Superliga, tendo sido contemplada com o prêmio de Viva Vôlei inúmeras vezes ao longo da temporada. Após sua dispensa da seleção por motivos pessoais, na preparação para a Rio 2016, foi possível ver que a jogadora teve uma grande evolução em relação à temporada anterior, tendo atuado com muita consistência e ainda mais efetividade no ataque na campanha do duodecacampeonato do Rexona- SESC. Como prova disso, foi a quarta maior pontuadora da Superliga, com 372 pontos, e a maior pontuadora do time.
A oposta é irmã gêmea da ponteira Michelle Pavão, que essa temporada ficou em terceiro lugar atuando pelo Dentil/ Praia Clube. As irmãs foram reveladas nas categorias de base do Fluminense e Monique já havia atuado pelo Rexona entre 2007 e 2010. A jogadora do time carioca já teve passagens pela seleção brasileira, tendo sido campeã do Grand Prix em 2013 e 2014, e bronze em 2015. Em 2016 a jogadora pediu dispensa da seleção antes do início do Grand Prix.
Num título que foi ganho pelo conjunto e entrega do time, que teve que se superar para virar a série de melhor de cinco na semifinal contra o Camponesa/ Minas, na casa do adversário, além de ter que buscar no tie break a vitória contra o Vôlei Nestlé na final, a maturidade e raça de Monique em quadra fez toda a diferença. Por isso, após a final da Superliga, o Esporte Total entrevistou a oposta de 30 anos, bicampeã seguida da competição pelo Rexona- SESC, na sua segunda passagem pelo time.
Esporte Total: Monique, como você poderia analisar a final de hoje, entre Rexona- SESC e Vôlei Nestlé?
Monique Pavão: Hoje o jogo foi muito equilibrado, onde cada detalhe fazia a diferença. E nós mostramos a força do grupo no tie break. O Vôlei Nestlé jogou muito bem, e estão de parabéns por essa final. O jogo hoje foi um grande espetáculo e espero que o público que veio tenha gostado. A gente tentou entrar no tie break tentando conter a euforia e fazer o que foi pedido, e graças a Deus deu tudo certo. O nosso time não depende só de uma jogadora, mas da força do grupo inteiro.
Esporte Total: Como foi a emoção de ganhar mais um título de Superliga pelo Rexona- SESC?
Monique Pavão: É uma emoção absurda. Ano passado tínhamos perdido em Osasco pro Vôlei Nestlé e tivemos que reverter em casa, vencendo os dois jogos aqui. Esse ano foi difícil, porque tivemos que reverter um placar de 2 a 1 lá em Minas, na casa do adversário. Então, nesses dois anos quase que não chegamos a final, e conseguimos ainda sair campeãs nas duas vezes. É muito maravilhoso sair com o título.
Esporte Total: A quem você dedica esse título?
Monique Pavão: Dedico a minha família, que esteve sempre do meu lado, e a essa equipe toda, que esta de parabéns por toda a campanha.
Esporte Total: Qual a sua expectativa para o Mundial no Japão?
Monique Pavão: Nós sabemos que será um campeonato muito difícil, mas acho que podemos chegar lá. Nós vamos dar o nosso melhor e buscar um ótimo resultado. No mundial estarão os melhores times do mundo, mas quem sabe a gente não surpreende.
Vanessa Huback