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André Stein: O mais jovem Campeão Mundial de Vôlei de Praia


André Stein, com seus 2,01m e apenas 22 anos, escreveu seu nome na história do vôlei de praia ao ser o mais jovem a ganhar o Mundial de Viena nesse domingo, 6 de agosto. No entanto, engana-se quem acredita que André sempre quis jogar vôlei. Por conta da altura, começou no basquete, onde ficou até os 15 anos, quando descobriu o projeto “Vôlei Vida”. Desde então, o atleta migrou para o vôlei de quadra e chegou às seleções de base do Espírito Santo.

Chegou a passar por clubes em São Caetano (SP) e Mauá (SP), quando foi convidado a treinar na praia, no centro de treinamento do técnico Leandro Brachola, onde também treinava o campeão olímpico Alison. A partir de então, passou para o vôlei de praia, onde já teve como parceiros Everson Índio, Marcus Borlini, Vinícius, Daniel Souza e o campeão olímpico Ricardo. O capixaba desde o início do ano faz dupla com o carioca Evandro, que foi eleito o melhor sacador da competição com 43 aces e possui também no currículo a participação na Rio 2016, quando jogava com Pedro Solberg. A dupla vinha numa progressão ao longo do ano, embora ainda não tivesse resultados expressivos como o de Alison/ Bruno Schmidt, Álvaro/ Saymon e Pedro Solberg/ Guto. O ápice foi de fato a conquista do mundial, título inédito para André Stein e Evandro.

O próximo torneio que André Stein vai participar ao lado de Evandro é o World Finals Tour, de 22 a 27 de agosto, em Hamburgo, Alemanha, encerrando a temporada internacional. O campeão mundial concedeu uma entrevista exclusiva ao Esporte Total, contando um pouco da conquista do mundial, da parceria com Evandro e dos maiores incentivadores na carreira.

Esporte Total: André, como você analisa sua participação nesse mundial na Áustria e quais foram as principais dificuldades que você e o Evandro enfrentaram ao longo da competição?

André Stein: Eu e Evandro somos uma dupla nova, tanto na idade quanto no tempo de parceria. Fomos crescendo durante a competição. No primeiro jogo tive dificuldade por causa da ansiedade de estar ali jogando minha primeira copa do mundo, mas depois ficamos muito firmes e confiantes na competição. Foi um campeonato de altos e baixos, de muita dificuldade, mas de muita superação. O fato de sermos dois bloqueadores jogando e dividindo as funções também gera uma dificuldade, já que temos pouco tempo jogando juntos e ainda precisamos treinar muito mais.

Esporte Total: Na final, vocês tiveram a difícil missão de bater os anfitriões austríacos. O que foi fundamental para vocês conseguirem vencer essa final, mesmo contra a torcida e um placar muito desfavorável no primeiro set?

André Stein: A final foi um reflexo de todo o nosso campeonato. A nossa principal arma foi nossa cabeça, nosso psicológico. Passamos por muita dificuldade no torneio, como foi na final, com um placar muito adverso, mas mantivemos a calma e a confiança para conseguir virar os jogos. Na final, a torcida pesou no início do jogo, mas depois nos concentramos e focamos nos nossos fundamentos. Daí em diante a torcida já não fazia mais diferença.

Esporte Total: Como foi a emoção de ser o mais jovem campeão mundial de vôlei de praia?

André Stein: Eu não sabia antes do jogo que se eu ganhasse seria o mais novo com esse título. Fiquei sabendo depois que ganhamos. Fiquei muito feliz e surpreso, pois é uma marca que as pessoas vão lembrar. Mas a ficha ainda está caindo da importância desse título.

Esporte Total: André, esse ano você iniciou sua dupla com o Evandro, treinando aqui no Rio de Janeiro. Como você vê sua evolução como atleta nesse ano com o time e qual a sua expectativa para as próximas competições?

André Stein: Para mim foi muito importante me mudar para o Rio de Janeiro e formar essa dupla. Antes disso, eu nunca tive uma equipe completamente focada em mim, e isso faz muito diferença. Evoluí como atleta em todas as áreas. Com essa vitória as expectativas aumentam, mas vamos manter o pé no chão porque sabemos que ainda temos muito para evoluir. Já ultrapassamos alguns objetivos que tínhamos pra esse ano, mas vamos continuar firmes para manter essa crescente em que estamos.

Esporte Total: Qual foi sua principal motivação para jogar vôlei de praia e quais são os seus maiores incentivadores na carreira?

André Stein: Antes do vôlei de praia eu jogava na quadra, e meu técnico da época de onde comecei em Vila Velha, no projeto social Vôlei Vida, Robson Rodrigues, pediu para eu fazer um teste na praia com o multicampeão Leandro Brachola, técnico do Alison e Bruno. Ele gostou muito de mim e me convidou para treinar com ele. No início fui motivado a ingressar no vôlei de praia porque era uma oportunidade de voltar para minha cidade, já que na época eu estava jogando vôlei de quadra em São Paulo, além da oportunidade de fazer uma faculdade sendo bolsista. Sou muito grato a esses dois técnicos, que me ajudaram e incentivaram, e aos meus pais, que sempre me apoiaram.

Vanessa Huback

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