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Minas de Carol Gattaz vence Fluminense pelas quartas da Superliga


Falar de Camponesa/ Minas essa temporada e não creditar o sucesso da equipe à sua capitã Carol Gattaz é quase impossível. A central de 1,92m e 36 anos, oriunda de São José do Rio Preto (SP), está em seu auge essa temporada e vem contribuindo muito para o sucesso da equipe, que faturou o título Estadual e o Sul-Americano de Clubes. Nesse sábado pela manhã, a jogadora foi fundamental na vitória por 3 sets a 0 sobre o Fluminense, com parciais de 19x25, 23x25 e 21x25, embora o Troféu Viva Vôlei tenha ido para a ponteira norte-americana Sonja Newcombe.

O Fluminense estava desfalcado da sua capitã, a oposta Renatinha, que está se recuperando de uma lesão no tornozelo. Com isso, a titular da equipe na posição foi Arianne, que foi a maior pontuadora do jogo e a melhor jogadora do time tricolor. A ponteira Michelle também se destacou, pelas excelentes defesas, embora tenha sido pouco acionada no ataque. Por outro lado, a ponteira Thaisinha não estava em um bom dia e cometeu muitos erros, sobretudo no segundo set, quando o time do técnico Hylmer Dias estava a frente do placar e prestes a fechar a parcial.

A equipe do Minas estava completa e confirmou o favoritismo, vencendo a primeira partida da série de três das quartas de final. O time foi muito bem no coletivo, tendo tido apenas um apagão no segundo set, quando a ponteira Rosamaria foi pouco efetiva, e foi substituída por Pri Daroit. A segunda partida entre as duas equipes será no próximo sábado, às 15 h, na Arena Minas (BH), com transmissão.

Carol Gattaz novamente foi muito bem nos bloqueios no jogo contra o Fluminense. Desde que retornou ao Camponesa/ Minas, em 2014, a central vem reencontrando o seu voleibol dos tempos em que atuou pela seleção brasileira. A jogadora vestiu a camisa verde e amarela por um bom tempo, tendo vencido 5 vezes o Grand Prix e sido vice-campeã mundial por duas vezes, e está merecendo uma nova convocação esse ano. Ao fim da partida, Carol Gattaz analisou a partida, o restante da sequência e falou sobre o seu bom momento, no ano em que completou 20 anos de voleibol profissional.

Esporte Total: Carol, o que você pode comentar dessa primeira partida contra o Fluminense?

Carol Gattaz: A gente esperava um jogo difícil, que foi o que aconteceu. Mas a gente conseguiu fazer praticamente tudo que foi pedido. Segundo set a gente deu um vacilo, estávamos na frente, deixou o time delas virar. E aí foi aquela luta para conseguir virar o set. Eo ponto positivo foi que a gente conseguiu. Agora é trabalhar mais. Concentrar o que erramos e tentar melhorar para o próximo jogo.

Esporte Total: O que está faltando consertar para o próximo jogo?

Carol Gattaz: Acho que a gente tem que ser mais constante no passe e na defesa. Faltou tocar um pouco mais nas bolas. Bolas que eram trabalhadas e dava para a gente defender, que estavam na nossa mão. Mas eu acho que a equipe está de parabéns. O primeiro passo foi dado, embora ainda falte muito para avançar das quartas de final.

Esporte Total: No início dessa temporada, após o título do estadual, a equipe teve um começo de Superliga muito ruim. No entanto, apresentou grande evolução, chegando ao terceiro lugar da competição e também ao título do Sul-Americano de Clubes. Como você avalia a trajetória da equipe e qual a razão dessa mudança de postura?

Carol Gattaz: Acho que a gente foi se encontrando. O time começou mal mesmo, algumas jogadoras ainda não tinham chegado no grupo, não estavam em forma. Aí foram se incorporando ao time. Tivemos também algumas baixas durante a temporada. A gente teve vários problemas durante a temporada, mas a gente soube superar com a força do grupo. A gente sabe que é uma temporada longa, difícil, que tem que ir passo a passo. Mas a gente conseguiu superar juntas.

Esporte Total: Carol, individualmente, em janeiro desse ano você comemorou 20 anos de carreira profissional no voleibol. O que representa essa marca para você e qual momento você destaca?

Carol Gattaz: Tiveram vários momentos. São 20 anos jogando no profissional. Então, eu já tive vários momentos bons, momentos ruins também, porque não só de bons momentos que um atleta vive. O que importa é que, graças à Deus, continuo jogando, que é o que eu amo fazer. Espero que eu possa continuar jogando ainda por muito tempo.

Esporte Total: Individualmente, você vem fazendo a diferença nesse time do Camponesa/ Minas. Qual o principal motivo dessa sua evolução como atleta nessa temporada, na qual você está vivendo seu auge?

Carol Gattaz:Acho que é o trabalho, a equipe. Quando a equipe está bem, a gente consegue dar o nosso melhor. Não é o meu momento, mas o momento da equipe. Então, eu credito esse bom momento a elas.

Vanessa Huback

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