Nandyala volta às suas origens no Flamengo, após experiência nos EUA
O Flamengo iniciou sua pré-temporada em julho. Nos dias 30 de agosto e 5 de setembro, a equipe realizou dois amistosos contra o Fluminense. É importante lembrar que Flamengo e Fluminense voltam a se enfrentar novamente esse ano no Campeonato Carioca, que ainda não tem previsão de estreia. No segundo amistoso, pelo lado rubro-negro, destaca-se a atuação da central Nandyala Santos Gama, de 1,88m e 24 anos. A atleta é carioca e começou a jogar voleibol na base do Flamengo. Posteriormente, atuou pelo Minas Tênis Clube, e pelo San Jose State, dos Estados Unidos.
O primeiro amistoso foi realizado nas Laranjeiras, e o Fluminense venceu por 4 a 0. A segunda partida ocorreu na Gávea, e novamente foi vencida pelo time tricolor, por 3 sets a 1. Os amistosos foram os primeiros jogos da equipe profissional do Flamengo, após o seu retorno. O Fluminense voltou a ter um time profissional em 2015, e desde 2016 está atuando na Superliga A, enquanto o Flamengo voltou a ter um time profissional somente nesse ano. O Flamengo irá disputar a Superliga B, em busca à elite do voleibol brasileiro.
Nandyala jogou os últimos quatro anos nos Estados Unidos, onde adquiriu grande vivência dessa escola de voleibol e teve a oportunidade de conhecer uma nova cultura. No entanto, após pensar em ir para a Europa, o convite do Flamengo foi recebido com grande entusiasmo, o que a fez decidir por retornar ao seu clube de origem, na sua cidade natal. Após o segundo amistoso, a central conversou com o Esporte Total, e comentou um pouco sobre o início da temporada e sobre o seu retorno ao Flamengo.
Esporte Total: Nandyala, como você avalia a importância dos amistosos contra o Fluminense?
Nandyala Gama: Acho que a gente começou bem. Com certeza, foi um passo adiante que demos. Foi a primeira série de amistosos da equipe, que está recém-formada. Durante o jogo, as nossas deficiências como um time ficaram muito mais claras. Do primeiro para o segundo jogo, nós trabalhamos em cima dos nossos erros. E acredito que no segundo jogo nós já evoluímos muito como equipe. Se Deus quiser, vai ser sempre um passinho de cada vez, mas sempre adiante. Estou muito feliz em como o time performou nessa segunda partida. Acho que nós, jogadoras, ficamos bem unidas, nos comunicando bem o tempo todo durante o jogo. Esse é o segredo para a gente continuar caminhando, em alto nível, sempre buscando seguir em frente.
Esporte Total: Em julho começou a pré-temporada do Flamengo. Como está sendo a preparação da equipe?
Nandyala Gama: Eu estou gostando muito dessa preparação da equipe, porque o Giovani (Giovani Ciprandi, preparador físico da equipe) não tem uma rotina. Ele sempre puxa diferentes áreas do corpo durante os treinamentos, e acho bem completo o trabalho. Além disso, ele regula muito bem o desgaste do treinamento, que é bem puxado, com o descanso, balanceando bem. E isso, com certeza, está se refletindo na quadra. Na praia, além de ser mais puxado, é um trabalho divertido, que a gente tem prazer em fazer. Então, eu estou gostando bastante dessa pré-temporada e acredito que trará ótimos resultados na quadra
Esporte Total: Antes de vir para o Flamengo, você teve atuou nos Estados Unidos (San Jose State). Quais os principais aprendizados, a nível pessoal e profissional, dessa experiência?
Nandyala Gama: Ah, foi uma oportunidade incrível, uma excelente escolha que eu fiz. Lá eu aprendi a ter disciplina, a respeitar e a representar uma instituição. Aprendi muito sobre união de time, que eu vejo que existe aqui no Flamengo, e acho ótimo. Vou estar sempre buscando aplicar esses ensinamentos dos Estados Unidos aqui nessa temporada no Flamengo. Pois todas nós estamos aqui representando a instituição que é o Flamengo, que é muito maior do que cada uma de nós. E isso eu entendi jogando fora.
Esporte Total: Nandyala, o que te motivou a aceitar a proposta do Flamengo?
Nandyala Gama: Eu passei os últimos quatro anos jogando nos Estados Unidos, e tinha a vontade de atuar na Europa, de poder viajar e conhecer outra escola de voleibol. Porém, quando surgiu essa oportunidade de atuar no Flamengo, eu não levei nem um mês para decidir. Porque aqui na escolinha do Flamengo, com a Andreia, foi onde eu comecei a jogar vôlei. Então, eu acho que é algo muito melhor do que eu imaginei nos últimos anos estar atuando pelo Flamengo. Eu não poderia estar mais feliz de estar atuando no clube onde eu comecei a minha vida no voleibol.
Esporte Total: Para finalizar, qual a sua expectativa em relação à equipe do Flamengo?
Nandyala Gama: A expectativa com a nossa equipe é que a gente possa elevar ainda mais o nível do voleibol carioca. Nós temos muitas atletas boas no estado, mas não temos tantos times aqui. E agora o Flamengo está se juntando ao Sesc e ao Fluminense, para atrair essas atletas. Seria ótimo se mais clubes, como Vasco e Botafogo, também montassem equipes para atuar na elite do voleibol nacional, representando o Rio de Janeiro, e tendo um campeonato carioca forte. Eu quero que o Flamengo seja um espelho para a base, para crianças que nunca imaginaram serem jogadoras de vôlei. Afinal, nós somos o país do futebol. Como time, nós estamos vindo para conquistar a Superliga B, com um passo de cada vez, em busca de uma vaga na Superliga A. Afinal, se a gente não vier para ganhar, é melhor a gente ficar em casa (risos), pois aqui é Flamengo.
Nota: O Fluminense não liberou entrevistas das atletas para a imprensa, após o amistoso. As entrevistas serão liberadas após a apresentação oficial da equipe, que deverá ocorrer até o final do mês de setembro.
Vanessa Huback