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Nandyala e cia são vice-campeãs da Superliga B pelo Flamengo, que volta à elite do vôlei nacional


Na primeira temporada de volta com a sua equipe profissional, o Flamengo fez o que se esperava dele e conseguiu o acesso à Superliga A, junto com o Vôlei Valinhos. No entanto, ficou certa frustração pela segunda colocação na Superliga B, após derrota na final para o Vôlei Valinhos por 3 sets a 2 (25/22, 25/22, 21/25, 20/25 e 15/13), em Valinhos (SP). A central Nandyala, que está em sua segunda passagem pela equipe, é uma das crias do Flamengo. A atleta carioca, de 25 anos e 1,88m, já havia atuado na base do Flamengo, antes de ir para o Minas Tênis Clube e para o San José State (Estados Unidos).

Nessa temporada, o Flamengo disputou o campeonato estadual, vencido pelo Sesc- RJ, a Superliga C e a Superliga B. A equipe de Alexandre Dantas foi bem na Superliga B, se classificou em segundo para os playoffs e na final fez um jogo muito disputado. Saiu perdendo os dois primeiros sets, empatou a série e acabou perdendo no tie-break. A equipe de Valinhos apresentou um pouco mais de entrosamento ao longo do campeonato, sobretudo na final, com destaque para a levantadora canadense Bobs e a ponteira Duda, de apenas 20 anos. O destaque do Flamengo na partida foi a oposta Angélica.

No entanto, o último lance da partida gerou muitas reclamações do técnico e das jogadoras, pois o ataque da oposta de Valinhos Fran Lemos foi marcado como bola dentro da quadra, sendo que a bola foi fora. A dúvida que restou foi se a bola resvalou na levantadora Rafa Lima do Flamengo, mas a própria garantiu não ter tocado na bola. Na Superliga B, mesmo na final, não há desafio e auxílio do árbitro de vídeo para esses conflitos, assim como outras três situações que geraram reclamações ao longo da partida.

A central Nandyala conversou com o Esporte Total e comentou um pouco a respeito dessa primeira temporada do Flamengo após a retomada da equipe principal, o apoio da torcida e a emoção da volta à elite do voleibol na próxima temporada.

Esporte Total: Nandyala, como você avalia essa primeira temporada do Flamengo, após a retomada do time profissional?

Nandyala Gama: Eu avalio como uma temporada de sucesso. Apesar de não conquistarmos o título de campeãs da Superliga B, nós fomos capazes de alcançar nosso objetivo principal que era o de classificar o clube para a elite. Certamente fica um gostinho amargo na boca de ter chegado tão perto do ouro, mas o esporte é assim. Tem que saber lidar com a derrota, aprender com ela e se agarrar mais forte ainda às coisas tão maravilhosas e positivas que nos fizeram chegar longe.

Esporte Total: Você tinha passado algumas temporadas nos Estados Unidos, onde jogou a Liga Universitária. Quais são as principais diferenças entre o voleibol do Brasil e dos Estados Unidos?

Nandyala Gama: Pra mim, a principal diferença é a velocidade do jogo. Nos EUA, as bolas são bem mais rápidas, os times tendem a fazer muitas jogadas criativas. Já aqui, as bolas tendem a ser mais lentas/altas e as jogadas são consideravelmente mais simples. Eu acredito que ambos os sistemas tem seus prós e contras.

Esporte Total: O Flamengo tem uma grande torcida, em todo o país. Como foi o apoio da torcida ao longo dessa temporada, mesmo nas partidas fora de casa?

Nandyala Gama: Foi lindo demais. Não tem preço a sensação de que tomávamos espaço na "casa dos outros" ao ver o escudo do Flamengo na arquibancada. Todos sempre muito vibrantes e se fazendo presentes. Por exemplo, em Londrina, veio um torcedor flamenguista, já em Valinhos não dava nem para contar, pois tinham muitos. Em todos os lugares que jogamos, o Flamengo tinha uma torcida apaixonada na arquibancada, e isso é muito importante para o nosso jogo.

Esporte Total: Como foi a emoção da volta para a Superliga A?

Nandyala Gama: Eu tenho muito orgulho do nosso time pela conquista. O que acabamos de conquistar é um sonho para muita gente que tem carinho pelo Flamengo há anos, então é muito gratificante saber que conseguimos atingir esse objetivo, pois vai levar muita felicidade a uma nação de apaixonados pelo clube. Sem contar que o Flamengo vem investindo forte nos esportes Olímpicos, e como parte do processo de crescimento, precisamos ter referências para que as atletas mais jovens da base possam se espelhar nas atletas que competem na elite do voleibol brasileiro.

Esporte Total: A final da Superliga foi muito disputada, e o Flamengo acabou em segundo lugar. O que você avalia que faltou para o time vencer a partida? Como você avalia o último lance da partida, que gerou reclamação por parte do Flamengo?

Nandyala Gama: Foram 5 sets muito bem disputados, nos dois primeiros sets estávamos bem abaixo do normal, cometendo muitos erros, mas conseguimos recuperar e nivelar o jogo. Acredito que dali pra frente foram detalhes em diversas áreas, em ambos os lados, que foram fazendo a diferença na partida. Foi um jogo equilibrado, então fica difícil dizer exatamente o que nos faltou para vencer, talvez mais paciência em certos momentos. Acredito que ainda tinha mais jogo pra ser jogado, mas infelizmente a partida foi interrompida. Fico um pouco triste de o jogo ter terminado daquela forma, mas, fora isso, Valinhos suou a camisa bravamente e merece o título.

Vanessa Huback

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